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domingo, 27 de março de 2011

A Hipocrisia da saudade

Quem nunca sentiu saudade? (que começo mais chavão) um dos conceitos de saudade que consigo me lembra é: sentimento de tristeza e/ou nostalgia pela perda ou afastamento de alguém querido, mas será que isso funciona realmente assim?
 Seres humanos,seres capitalistas e  seres inerentemente hipócritas (principalmente brasileiros), que aproveitam de um termo culturalmente lindo como saudade para maquiar um sentimento sujo e impuro como o que saudade realmente quer dizer.  Cegos pelo desejo de lucro não vemos que o que nós chamamos erroneamente de saudade é na verdade um sentimento de PERCA DEVIDO AO PREJUIZO DA AUSÊNCIA DE ALGUEM QUEM LHE DAVA LUCRO é o mesmo sentimento de quando perdemos um dinheiro, quando descemos de cargo numa empresa, etc. Analisemos segundo ao conceito inicial e chegamos a conclusão que alguém querido é aquele que nos dá lucro, portanto nós nunca sentimos a ausência das pessoas e sim o prejuízo causado por essa ausência.
Descobrimos então que o que chamamos de saudade não passa de ganância, raiva por não termos mais aquela pessoas nas horas que ela se apresentava útil, e nos sentimos mal por não podermos mais usar as nossas pessoas como ferramentas ao nosso bel prazer.Não irei, aliás, não posso ser mais especifico e nem ilustrar os fatos, por covardia, fraqueza e medo, mas peço que reflitam. Bem isso é no mínimo decepcionante ou revoltante cabe a nós agora rever nossos conceitos e quem saber formular um sentimento de saudade ou uma defesa a ela.
A pergunta que fica é: Você que está longe de alguém que gosta realmente sente falta de presença da pessoa, ou só sente falta do que ela fazia por você????

Bulimia intelectual

Depois de vencida uma etapa, passamos instantaneamente a outra. Nova fase, novos desafios, novos métodos para superá-los e velho eu. A Universidade é, sem duvidas, o momento que melhor ilustra esses fatos em nossa vida. Devido a uma cultura no segundo grau chegamos ao terceiro achando que o conhecimento será passado para nós em uma sonda, uma sonda intelectual.  Pensemos em conhecimento com um alimento para nosso intelecto, no segundo grau os educadores de modo geral passam esse alimento com todas as dificuldades metabólicas amenizadas, ou seja, numa sonda, mas já na etapa seguinte não é bem assim
Na Universidade o que acontece é que a refeição é apenas elaborada por especialistas, mas você é quem caça, você é quem prepara, você é quem mastiga e a digestão é toda sua. Em oposição temos a apologia a (des)integradora vida social, que constitui basicamente em ser participativo em práticas geralmente deploráveis e completamente desinteressantes a aqueles que pretendem alcançar o conhecimento ao menos aceitável. Juntando essas práticas opositoras chegamos a um resultado no mínimo interessante: A Bulimia Intelectual.
A Bulimia intelectual se fundamenta no fato de assim que conseguimos o almejado conhecimento com medo de não nos tornarmos aceitos pelos demais por sermos exacerbadamente esforçados, portanto superiores, acabamos que “vomitando” voluntariamente o conhecimento adquirido e assim nos inferiorizando por um valor que de nada acrescenta em nossa verdadeira formação social. Digo verdadeira pois não estou falando da formação social conhecida, aquela das socialites, e sim da formação social que consiste em estudo , trabalho e consequentemente dignidade.Traduzindo, por que vomitar???? Sisplesmente para não parecer nerd ou CDF e outras denominações para seres que são detentores de uma grande parte da superioridade, a teórica. Um não-nerd certamente falará “De que adianta saber na teoria se não sabe na prática?” Eu digo: Se enxerguem,  já é o bastante saber  na teoria quando apenas se pode comparar com quem nem isso sabem.    
Até quando nossa sociedade vai se vir a mercê dessas deploráveis práticas, até quando regras sociais ridículas serão impostas por essa força extraordinária (principalmente no sentido etimológico), a  força social.

Então se enuncia a Vitória

É lógico que você iria/vai conseguir, inúmeras vezes ouvi essa frase, geralmente de pessoas que se consideravam menores que eu, mas não estamos aqui para levantar considerações pessoais, o que realmente importa é a verdade, é , consegui mas será que chegar a um objetivo é uma vitória? Ou melhor, quando chegar a um objetivo resulta em uma vitória?
                Bem, creio que o ser humano só possa ser capaz de atingir a vitória se chegar ao ponto que esteja satisfeito, é claro, considerando o tempo. Se, e somente se, esse ponto citado anteriormente for seu objetivo, então alcançar seu objetivo foi uma vitória.
                Em um segundo caso temos uma vitória imprópria onde ficamos satisfeitos, ou acomodados, antes de atingir um objetivo, ou seja, alcançamos uma estabilidade que nos permite nos chamar de vitoriosos mesmo que nosso objetivo esteja um pouco além.
                Em um terceiro caso pode ocorrer de atingirmos nossos objetivos e não ficarmos satisfeitos, e então nos dá uma vontade enorme de evoluir, pode ser apenas uma vontade de evolução natural que pode acarretar em ganância extrema, mas em geral esse caso é o melhor.
E ainda em um quarto caso pode ocorrer o pior (e por isso mais comum), podemos alcançar nossos objetivos e mesmo assim não estarmos satisfeitos, mas diferente do terceiro caso, não sentimos um sentimento de evolução e o que queremos não é prosseguir e sim retornar no tempo e mudar tudo, todas nossas escolhas, todas nossas atitudes, todos nossos sentimentos, sentimos uma vontade de nunca levantar da cama pois não sentimos nada de vitorioso mesmo que tenhamos alcançado algum objetivo que outrora daríamos nossas vidas para alcançar, nos faltou tempo no passado, ou não soubemos usar nosso tempo,  para crescer, para ponderar.
                Tempo,  grandeza indefinidamente interessante, e é nela que está a causa de nosso problemas. O momento em que decidimos nosso objetivos nunca pode ser o mesmo momento de alcançá-los e isso é óbvio, mas é nessa frase óbvia que fica a grande maioria das dificuldades e das limitações da vida. Podia explicar mais sobre a frase, mas pondere e nunca, nunca perca tempo, pois além de tempo ser dinheiro é qualidade de vida.

                                                      "É venci, e isso é bom"(até quando?)