Bem, diria que eu, por morar aqui tantos anos, conheço bem a rotina dessa cidade e toda essa rotina se resume a descrença. O povo iporaense por fatores históricos, que agora não serão discutidos, acabou descrente em um futuro que é formado pelo agente ativo, povo. O destino é quem domina as pessoas que aqui convivem, não por culpa delas (para falar verdade, acho que a situação deplorável, num aspecto socio-intelectual, seria o mero azar, fruto de um acaso de infortúnios, coisas assim).
O grande problema é uma elite que toma a mídia local e se aproveita dessa situação para erguer grandes miragens. Realmente me interesso muito por política, mas a politicagem (neologismo para política brasileira) me enoja, ou seja, não me interesso por palhaços no poder, não me interesso por candidaturas de frutas, não sou PMDBista, Tucano ou PTista, portanto não quero me colocar contra ou a favor de nenhum partido, mas uma coisa não consigo ignorar: A compra indireta de votos
Vamos à um exemplo: Se em época não eleitoral um futuro candidato, do nada te leva à um restaurante, ou coisa assim. Oficialmente isso não é compra de voto, mas analisemos no sentido psicológico, o candidato usou seu dinheiro para agradar possíveis eleitores, certamente a chance do voto dessa pessoa é muito provavelmente do candidato em questão, é realmente isso me parece compra de voto. E se isso acontece em larga escala, o principio é o mesmo mas agora com mais pessoas envolvidas.
Esse fato acontece com imensa frequencia na cidade no nosso grande "Motofest" e principalmente em um ensaio de pecuária que temos de vez em quando, no próprio parque agropecuário, sempre temos patrocínio de claro cunho político. 1ª Miragem: Políticos tentam comprar votos com festinhas, e shows, que numa máscara de diversão, se tornam frequentemente antros de orgia, violência, tráfico e outras atrocidades sociais.
Partindo para o problema central, os buracos. O jornal Oeste Goiano publicou uma enquete feita com moradores que nos dá como solução (maioria dos votos) tapar os buracos com os recursos que temos e suplicar dinheiro à Brasilia para um asfalto novo. Uma coisa é fato, todos sabemos que tapar buracos não irá alterar a situação da cidade, ainda mais quando falamos "tapar buracos com recursos da prefeitura' pois o arrecadamento (transferencia de recursos) do governo federal foi de R$2.895.348,08 para tudo (que cabe ao governo federal) e é claro que considerando Saúde, Educação, e os atuais problemas com o Conselho Tutelar e com o Abrigo para Jovens e Adolescentes, não resta quase nada ao asfalto. Outro problema é a palavra suplicar, que está muito longe de conseguir algo, uma palavra incerta que não é passível de conclusão alguma. Se a hipótese é tão absurda porque os moradores a escolheram???? Aí está a 2ª Miragem: Verificando o histórico de matérias da mídia local, percebemos que uma opção como essa foi imposta, imposta pela elite da mídia que atualmente (é claro que junto com coronéis, os "barões do tamanduá") controlam Iporá. A mídia cria um envoltório de reportagens que convertem os moradores a uma só resposta, justamente a resposta dada.
População, não se renda a essa política corruptiva que por um lado gera atrocidades sociais, e por outro envenena a população com informações verídicas, mas sem nenhuma imparcialidade, (com segundas intenções). Iporá simplesmente não tem investimento cultural, por desinteresse do povo, por falta de incentivo e por outras dezenas de fatores menos importantes, aonde estão os museus,os teatros,os centro culturais, as feiras e oficinas educacionais, aonde estão a valorização do intelecto e o patrimônio intelectual.
Ao final, percebemos erros recíprocos na relação povo e mídia/elite, mas creio que essa elite tem o dever de iniciar algo de bom nesse ciclo, por serem "poderosos", e deixar pelo menos por um instante o capitalismo de lado, em busca de um bem maior.
Os maiores problemas de buracos em iporá
Curiosidade: uma malha asfáltica custa em média 150.000R$/km mas pode variar muito dependendo da qualidade, e da presença de alguns fatores como acostamento, pista dupla etc. (Agora compare os valores e veja a situação da prefeitura se encontra, se imagine nela)
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